sábado, setembro 16, 2017

Primavera - Tempo de Iluminar























Esta é a época do acasalamento e 
do nascimento da maioria das 
espécies na natureza. 

A vida tem seu esplendor. 
Dentro de nós, começa a surgir 
uma agradável 
sensação de que a vida, após 
o vento
gelado e meses de inverno 
e escuridão
recupera o seu esplendor.

Para algumas culturas essa estação
tem um significado milenar e os seus
rituais de passagem, muitos especiais
para eles. No caso do xamanismo, 
é a mais antiga técnica 
de entrarmos em contato com 
as energias 
sagradas da natureza.

Representa o nascimento dos 
humanos começando 
a viver. 

O tempo do verão é o período 
de frutificar, de rápido crescimento. 

E, quando chegamos no outono, 
vem o tempo da introspecção, 
quando colhemos resultados, 
obtemos o conhecimento necessário, 
para centrarmos em nós mesmos. 

E o ciclo se repete em círculo, no movimento 
de rotação da terra.

Ao receber inspiração das estações 
entramos em sintonia 
com a ecologia dentro e fora de nós, 
trabalhando o ambiente espiritual/
planetário acessando
"Livro da Natureza". 

Onde quer que estejamos no 
mundo seremos afetados pelo
balanço das estações. A disciplina
mental gerada numa cerimônia 
permite que o corpo, a personalidade 
e a psique se harmonizem 
para que as manifestações possam
ocorrer em sintonia com cada estação. 

(*) 
Por milhares de anos nossos 
ancestrais tiveram consciência 
da vida e da morte como um
fluxo contínuo. 

Compreendiam que era importante 
marcar os ciclos de renovação como, 
por exemplo, solstícios e equinócios.

Acreditavam que assim, ajudavam o cosmos 
a crescer e a mudar. 
Ao resgatar essas celebrações nos tornaremos,
novamente, unidos com a terra e com o cosmos. 

Recuperaremos a sensação de equilíbrio 
dentro de nós e de nosso mundo. 
Os rituais de passagem mostram que somos 
parte de algo maior, que podemos 
chamar de Deus ou Universo. 

Essa ligação com o sagrado traz um 
sentimento de unidade com o todo, 
nos dá uma sensação de 
pertencimento.



Quando percebemos a conexão universal 
entre nós, compreendemos que todas 
as histórias fazem parte da 
nossa história. 

A consciência da conexão é vital 
ao aprendizado da convivência mútua. 
Ninguém triunfa sozinho. 

Todos temos a necessidade de nos 
conectar com algo fora de nós – 
com companheiros de caminhada 
com algo maior que nós todos. 

No xamanismo, procuramos 
aprender com as vozes dos ancestrais, 
dos velhos, das tradições, das crenças. 

Esse aprendizado é básico para 
podermos traçar o mapa de nosso 
caminho, de acordo com
o livre arbítrio.

Nunca teremos paz enquanto 
irmãos estiverem 
em guerra, não evoluiremos 
se não fizermos
a parte que nos cabe. 

Quantas pessoas não confundem 
felicidade com sucesso? 

Buscam oportunidades de 
riquezas e outros falsos valores
para esconder a 
depressão, a falta de um 
sentido para a vida. 

Na reconexão com o sagrado, 
aprendemos a apreciar 
o mistério e a beleza das 
coisas simples, que 
geralmente 
passam despercebidas.
Por Léo Artése

(*)
Profissional de comunicação
formado em locução e radialismo, 
professor de 
comunicação verbal, 
especialista em marketing, 
consultor empresarial, 
terapeuta holístico, 
acupunturista e 
estudioso do 
xamanismo.

Imagem: Reprodução/ Internet.

domingo, agosto 27, 2017

Mazzaropi e Voltaire sobre sociedade classista

Uma analogia do filme "Uma Pistola Para Djeca" de Mazzaropi com a filosofia de Voltaire sobre sociedade classista.









“O que deve um cão a um cão, um cavalo a um cavalo?
Nada. Nenhum animal depende do seu semelhante.
Tendo, porém, o homem recebido o raio da Divindade
a que se chama razão, qual foi o resultado?
Ser escravo em quase toda a terra.
A dependência é a raiz de todos os males.
Todos os homens seriam necessariamente
iguais, se não tivessem necessidades.
A miséria que avassala a nossa espécie
subordina o homem ao homem -
o verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência.”
    Voltaire
.

Só reflete:

Que homem em sã consciência se sujeitaria as vontades do outro, e se privar de sua dignidade, se assim não fosse? Princípios existem onde há escolhas, fora delas cabe só à resignação e submeter-se a vontade dos que têm o poder de decisão nas mãos, até pela autopreservação.

Uma Pistola Para Djeca (1969), do cineasta Mazzaropi mostra sobre sociedade patriarcal, divisão de classes, opressores e oprimidos e a hipocrisia social e religiosa aos não privilegiados. O poder e a influência como juízo de valor sobrepõem os valores da igreja e seus ensinamentos. Ou seja, quem manda é o dinheiro, compra até o silêncio divino, porque todos são dependentes do opressor e tampouco importam os valores morais e éticos.

Numa linguagem enganosamente simplista o enredo fala sobre o poder das classes dominantes aliado ao pensamento de Voltaire: “A Dependência é a raiz de todos os males”.









Gumercindo e sua filha vivem sob o jugo do coronel e sua família arrogante e insensível apoiados pela igreja visto como um benfeitor, "homem honrado" e graças a ele, o povo e seus dependentes têm "comida e moradia", independente se a moral pode ser questionável aos olhos de Deus, enquanto se sujeitam a todo tipo de privações e se regozijam com migalhas.

O drama familiar começa num baile onde a filha de Gumercindo (Mazzaropi) uma das serviçais é seguida pelo filho inescrupuloso do patrão na adega. 

Desse estupro nasce um filho não reconhecido, motivo de chacota para todos e ao mesmo tempo torna a pedra no sapato do patrão, que, a essa altura quer unir sua fortuna com outro importante coronel e honrado. Este por sua vez, não vê com bons olhos a união, mas a filha está vislumbrada e o pároco tenta influenciar a todo o custo o casamento, já que assim continuará com seus privilégios e favores mesmo à custa do sofrimento alheio.

Quando os boatos começam a tomar força na vila sobre o neto bastardo, o coronel tenta se “livrar” do problema com o sequestro e quando o filho do Coronel sofre um atentado no casamento, a moça violada é acusada pelo crime (a corda arrebenta sempre pelo lado mais fraco). 

Cabe agora ao Juízo, apesar da influência e poder protegido pela máscara “de bem” que o coronel e família passam para a sociedade dos privilegiados em restaurar a justiça. Gumercindo pode ser homem iletrado, mas não ignorante ao que se passa ao seu redor.

No bar, enquanto Gumercindo pede uma pinga e desabafa com seus amigos, das quais também compartilham de amarguras, logo o pároco sai em defesa do opressor:

“Vocês precisam acabar com essa má vontade com o coronel, é um homem bom, uma alma boa, ele precisa ser mais compreendido”.

"Alma boa é 'os coletes da vó'". "O Senhor fala assim porque não para aqui. Não, quer dizer, o senhor vive lá, mais com o pessoal do dinheiro, e lá ele não faz 'embruiada' - quer beber uma pinga?”, retruca  Gumercindo aos risos. 

Como o injustificável não tem argumentos...

Caberá a eles lutar contra a tirania, a opressão e a hipocrisia daqueles que se beneficiam e se omitem sobre os menos afortunados e provar a inocência da moça para restabelecer a ordem social e moral ao Juízo(como deveria ser), apesar da vista grossa que a sociedade faz.

"Para que servidores se não tivésseis necessidade de nenhum serviço?
Ainda que passasse pelo espírito de algum indivíduo de bofes tirânicos e braços impacientes por submeter o seu vizinho menos forte que ele, a coisa seria impossível: antes que o opressor tivesse tomado as suas medidas o oprimido estaria a cem léguas de distância. Todos os homens seriam necessariamente iguais, se não tivessem necessidades. A miséria que avassala a nossa espécie subordina o homem ao homem - o verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência.
Pouco importa chamar-se tal homem Sua Alteza, tal outro Sua Santidade. Duro, porém, é um servir o outro.
Sou tão homem como o meu amo, nasci como ele a chorar; como eu ele morrerá nas mesmas angústias e com as mesmas cerimónias.Temos ambos as mesmas funções animais. Se os turcos se apoderarem de Roma e eu me tornar cardeal e o meu senhor cozinheiro, tomá-lo-ei a meu serviço.
Tudo isso é razoável e justo. Mas, enquanto o grão turco não se assenhorear de Roma, o cozinheiro precisa de cumprir as suas obrigações, ou toda a humanidade se perverteria. Um homem que não seja cozinheiro de cardeal nem ocupe nenhum cargo no Estado; um particular que nada tenha de seu mas a quem repugne o ser em toda a parte recebido com ar de proteção ou desprezo; um homem que veja que muitos monsignori não têm mais ciência, nem mais espírito, nem mais virtude que ele, e que se enfade de esperar nas suas antecâmaras, que partido deve tomar? O da morte".

Trechos de Dicionário Filosófico de Voltaire.

Para o filósofo, o oprimido de hoje sonha em ser o opressor de
amanhã e manter sobre domínio os de agora.
Porém, enquanto isso não acontece, ele precisa se sujeitar ao
seu senhorio. Sem escolhas, os resignados se curvarão diante
da má sorte e até se regozijar com as parcas condições oferecidas,
do seu benfeitor.
Mas viver sem perspectivas e sem dignidade, a morte é mais viável, pois não há diferença entre a servidão e ela. Será melhor morrer lutando pelos seus direitos do que permanecer subjugado, sendo não mais que um morto-vivo.

terça-feira, agosto 08, 2017

GRUPO CHORUS SE APRESENTA NO TEATRO MÃE DE DEUS





Grupo CHORUS apresenta Cantare no
Teatro Mãe de Deus nesta sexta, dia 11 
em Londrina, um Concerto de Música 


       


Italiana em comemoração aos 25 anos 
da brilhante trajetória. 

O evento será às 20h e conta com a 
participação especial da Orquestra de Câmara
Solidariedade Sempre.

No palco revisitam os grandes sucessos
consagrados da música italiana, como 
Funiculì Funiculà, O Sole Mio, Caruso 
e tantas outras que marcaram época 
e continuam a emocionar gerações 
até hoje.


Em seus shows, o Grupo CHORUS 
alia música vocal, dança e interpretação
cênica, a privilegiar a Música de 
diversos
gêneros e épocas. Além dos exuberantes
figurinos que lembram os 
mais 
refinados espetáculos musicais,  
Sempre convidados para participar em 
inúmeros 
festivais e concursos de canto coral no 
Brasil e no exterior entre os destaques 
e premiados por suas performances 
impecáveis.

Sem dúvida, uma noite emocionante e
um presente diferenciado para 
homenagear o dia dos pais. 
Os convites podem ser adquiridos 
pela internet ou pontos 
físicos abaixo.

Serviço:
GRUPO CHORUS
apresenta CANTARE -
CONCERTO MUSICAL ITALIANO
Participação Especial: 
Orquestra de Câmara Solidariedade Sempre
Quando: 11/08/2017 – sexta-feira às 20h
Local: Teatro Mãe de Deus –
Rua Rio de Janeiro, 700 – centro – Londrina/PR.
Ingressos: 
R$ 50,00 (inteira)
R$ 25.00 ( meia-entrada) ou Antecipado.
Pontos de Venda:
Online: 
Físicos:
Boleria Dom Leonardi  
Rua Raposo Tavares, 977 – próximo ao Moringão.
Botica Magistral - Rua Piauí, 737 – Centro.
O Armazén Café - Rua Belo Horizonte, 701 – Centro.

sexta-feira, agosto 04, 2017

QUANDO O TIRO SAI PELA CULATRA

Reza uma lenda que no tempo das fadas um moço achou 
em seu caminho uma pedra que emitia um brilho diferente
de todas as que ele já conhecera.

Era a pedra da felicidade. Possuía o poder de transformar desejos 
em realidade que uma fada perdera por aqueles caminhos.

 




Como a pessoa que a havia encontrado era um jovem pobre e sofredor, 
concluiu que a pedra poderia ficar em poder dele.

Apareceu ao moço em sonho e disse-lhe que a pedra tinha poderes para 
atender a três pedidos um bem material, uma alegria e uma caridade.

Mas que esses benefícios somente poderiam ser utilizados em favor 
de outras pessoas.

O moço acordou desapontado. Não gostou de saber que os poderes da pedra 
somente poderiam ser revertidos em proveito dos outros.

Assim, resolveu guardá-la, sem interesse em fazer uso dela.  
Os anos se passaram rememorando seu passado com uma vida infeliz,  muitas dificuldades, privações e dissabores. Reviu a pedra que guardara consigo  lembrou-se do sonho e dos prováveis poderes da pedra. Decidiu usá-la, mesmo sendo em proveito dos outros.

Assim, realizou o desejo de uma jovem, disponibilizando-lhe um bem material. 
Deu uma grande alegria a uma mãe revelando o paradeiro de uma filha há anos 
desaparecida e, por último, diante de um doente, condoeu-se de suas feridas, 
ofertando-lhe a cura.

Ao realizar o terceiro benefício, aconteceu o inesperado, a fada apareceu:

- Usaste a pedra da Felicidade. O que me pedires, para ti, eu farei. 
Antes, devias fazer o bem aos outros, para mereceres o atendimento 
de teu desejo.

O homem ficou muito triste ao entender o que se passara. 
Tivera em suas mãos, a oportunidade de construir uma vida plena de felicidade, 
jamais pensara que fazendo o bem aos outros colheria o bem para si mesmo. 
Lamentando o seu passado pediu comovido e arrependido:
- Dá-me, tão somente a felicidade de esquecer o meu passado egoísta.


Reflexão:

Quando se faz o bem aos outros, fazemos a nós mesmos, enquanto o egoísmo nos leva à derrocada moral e espiritual, a partilha além de ser prazerosa torna o fardo mais leve e a vida muito mais enriquecedora.

Que agosto comece assim: com mais partilha menos egoísmo.
Texto: Autor Desconhecido

Fonte: Internet / Google
Fotos:pixabay/free.