sábado, dezembro 13, 2008

TERAPIA ALTERNATIVA: CHACRAS ATIVE OS 7 PONTOS DE ENERGIA.



















Chacras (ou chakras) são 7 pontos de energia vital, localizados ao longo do corpo, responsáveis por nosso equilíbrio físico e emocional.

Chacra é uma palavra sânscrita que significa círculo e movimento, ou "rodas de energia", que reagem ao ambiente e regulam a entrada e a saída da força vital. 
Eles são considerados na yôga os centros de energia do corpo.

Na Índia, são estudados há mais de 6 mil anos.
Práticas como meditação e yôga, contribuem para harmonizar, alinhar e reequilibrar os charcras, ativando orgãos e sistemas relacionados a cada um deles, segundo Márcia de Lucca, terapeuta do Centro de Yôga, meditação e Ayurveda (Ciyman) de São Paulo.

Como estão distribuídos os 7 chacras e de que forma se relaciona com o nosso corpo
e como fortalece-los, cada um deles, com cores, alimentação e música:

1º Chacra: Básico -
(Na base da coluna).
cor: vermelho vivo.
Em sânscrito, chama-se muladhara(chacra raiz) localizado na base da coluna. Rege-os instintos primários (comer, vestir, beber e dormir), auto confiança, vontade de viver, amor próprio e relação com o mundo material. 
Por meio dele, os conectamos a terra, com os pés no chão.
Quando enfraquecido, traz insegurança, baixa auto estima e falta de coragem para enfrentar situações e forças externas.
Quando super ativado, provoca ganância, arrogância e materialismo. No nível físico, se relaciona aos orgãos sexuais externos, ossos, dentes, reto, ânus, uretra e sistema linfático. 
Em equilíbrio permite a rápida recuperação em situações de estresse e envelhecimento mais lento.

Como equilibrá-lo:

Use roupas vermelhas ou mentalize a cor na base da espinha, junto ao osso sacro, na base do quadril. Coma carne e alimentos ricos em proteínas. Use perfume, incenso ou óleo de cedro.
Ande descalço na terra e aprecie a aurora ou o crepúsculo, sons da natureza, cachoeiras, cantos dos pássaros, música ritmada, instrumentos de percussão ou de baixo timbre (contrabaixo e tuba) de Toninho Porto, também ajuda a ativá-lo.

2º Chacra:
UMBILICAL: (abaixo do umbigo)
Cor: Laranja.
O segundo chacram, svadisthana (morada do sol), é responsável pela expressão da energia sexual,  gosto pela diversão e a satisfaçaõ dos prazeres. 
Relacionado à agua, regula também a vontade de ultrapassar os obstáculos e a forma que encaramos nossos papéis na vida.
Em desequilíbrio, provoca depressão, frieza emocional, sentimentos de rejeição e solidão.Quando hiper ativado, dá ênfase exagerada a sexualidade. 
Fisicamente, rege os testículos no homem e os ovários, na mulher, os sistemas de reprodução, digestão e assimilação, as vértebras lombares e os líquidos do corpo. 
Seu desquilíbrio pode se refletir em colites, irritabilidade nos intestinos, dores lombares, pressão baixa e problemas sexuais.

Como equilibrá-lo:

Imagine uma luz laranja iluminando a região abaixo do umbigo.Na alimentação, reforce a ingestão de líquidos. Escolha aromas de sândalo, linague-ilangue e amêndoa-amarga.
Esse chacra é ativado por instrumentos de sopro e com música ligeira, folclórica por
exemplo, que emocionam e despertam o prazer de viver.
Contemple o luar, mergulhe em rios e lagos de água límpida, que nos sintonizam com as energias fecundantes e receptivas da natureza.

Por Hoje é só, vai lendo, vai refletindo, vai escutando..vai 'chacreando'...
Na  próxima, conta mais...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Jardim Zen












 Para uns, isto é só areia e pedras.Mas tem gente que enxerga o mundo.

Quando monge noviço no templo Zuioji, em Niihama,J apão, o brasileiro Francisco Handa tinha a tarefa de cuidar diariamente de um jardim zen, um jardim de areia e pedras usado pelos monges para meditação.

Ninguém pisava no jardim, a não ser os noviços na hora da limpeza. Ao seu redor, havia uma varanda com salas reservadas de onde os monges contemplavam a paisagem como na maioria dos jardins zen, aliás. Ao contrário da maioria dos trabalhos monásticos, para aprender a cuidar de um jardim zen não havia mestre.

Então, como transformar um monte de pedras e areia numa paisagem que acalmasse os olhos e a mente?Vou fazer e você copia era tudo o que dizia o monge já familiarizado com a tarefa.Então ele dava forma à areia.Com olhar atento, o noviço repetia o feito.

Tínhamos que pegar um rastelo e andar fazendo um traço retinho. Se não ficasse bom, o jeito era repetir.Mas ninguém falava onde estava o erro,diz Handa, hoje na Comunidade Budista Soto Zenshu, em São Paulo. Perceber onde faltava harmonia fazia parte do aprendizado.

A única dica era seguir os contornos naturais do jardim. Assim, os desenhos começavam retos, acompanhando as margens, e só perdiam essa forma quando contornavam as pedras. A reta simboliza o pensamento correto, um caminho a ser seguido.O círculo é a união, diz a mestra Sinceridade,do templo Zu Lai,de São Paulo.

O budismo não estimula as fórmulas com pontas(como o triângulo) porque as pontas são como espinhos, machucam.Embora seja chamado de jardim, o retângulo de areia e pedras representa o mundo. A areia e os pedriscos representam o mar.
As pedras são rochas e ilhas.
Portanto, os círculos ao redor das pedras seriam como ondas, que batem na rocha e voltam, batem e voltam, no mesmo movimento contínuo, cheio de altos e baixos, que é a vida. Entender e visualizar essa dinâmica de forças é essencial para conseguir a harmonia necessária para a contemplação.
Só podia ser idéia de japonês, né?É, mas esse jardim de areia e pedra, popularmente conhecido como jardim japonês, foi inventado por monges chineses, em algum momento entre os séculos 7 e 10.
A ideia já era representar a dinâmica da natureza, para contemplação.Foi de lá que os zen-budistas japoneses importaram a ideia e começaram a construir os seus em seus templos. Sorte nossa, porque a maioria dos jardins chineses não resistiu à história turbulenta daquele país, e hoje os jardins mais antigos estão no Japão, onde são chamados de kazan ou kazansui(paisagem seca). O mais famoso do mundo fica no templo de Ryoan-ji, em Kyoto.

Contemplação
Ainda que o jardim zen seja conhecido como a natureza em miniatura, sua interpretação não é fechada. Depende do estado espiritual da pessoa. Ela pode sentir o Universo, mas também pode sentir-se no meio de um monte de pedras, diz o paisagista de São Paulo Hiroyoshi Ishibashi.

É como olhar uma casa de perto e de longe. De longe, você consegue enxergar a casa inteira, sem precisar se prender a nada. Mas, se você olha de perto, começa a reparar na cor da cortina, no trinco da porta, e não consegue visualizar o todo. E é por isso que o jardim zen não tem muitos detalhes.

Paisagens com poucos elementos e cores confortam a mente.Diante de tão pouca informação,o pensamento pára de saltar de um assunto para o outro,como ocorre no dia-a-dia.

O equilíbrio visual é o que permite nos concentrarmos.Por essa razão o kazansui está tão ligado à meditação,que nada mais é que a atenção total no momento presente.

Assim como no zazen (meditar sentado) é preciso concentrar-se na respiração,na meditação sobre o jardim o foco está na paisagem.É meditar com os olhos. Ou simplesmente contemplar.

Numa hora de raiva ou tristeza, saque o rastelinho e desenhe o que passar pela mente. Sempre com atenção plena na atividade, porque concentração é fundamental para a manutenção de um jardim zen.É com ela que se conseguem traços harmônicos intuitivos, não racionalmente calculados.

Não bastasse tudo isso, aquele punhado de areia e pedras ensina ainda que nada é permanente, tudo é dinâmico, pois a cada vez que bate um vento ou se passa o rastelo o jardim é outro.O jardim zen está sempre sendo construído.
por Priscilla Santos,revista Vida Simples.Edição 2.005.