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sexta-feira, novembro 30, 2018

A REFLEXÃO SOBRE AS ESTAÇÕES


Texto de autoria desconhecida, mas pertinente para refletir sobre.



Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto e mais jovem, no outono. Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.
O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.
O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que era a coisa mais graciosa que ele tinha visto.
O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas.


O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore. Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas.

Se você desistir quando for inverno, você perderá a promessa da primavera, a beleza do verão, a expectativa do outono.





Moral da Reflexão:

Somos assim, depende do momento e das circunstâncias em que a vida nos apresenta, agimos de uma forma ou reagimos de outra, com a mesma intensidade. Julgamos pela opinião, não por fatos.

Isto não quer dizer que não somos merecedores de confiança, admiração e respeito. Isso significa que algumas pessoas irão nos julgar, criticar ou abandonar quando as estações não estiverem favoráveis, mas tenebrosas. Esquecem que são fases, aprendizados e oportunidades. Fases porque, assim como as estações, tudo finda e recomeça...

Aprendizados estes para não cometermo-nos os mesmos erros e oportunidades para o véu da ilusão se abrir e saber de fato quem se importa de verdade e descobrir que são poucos os que realmente seguirão conosco e ter paciência para suportar as estações, quando quentes, mornas, secas ou frias. A maioria mesquinha, egoísta e interesseira nos abandonam pelo caminho, na primeira tempestade ou escassez mediante as intempéries, quando os frutos não estão mais doces ou frutíferos, mas os poucos que restarem, valerá 
a pena. 
Pois, aprenderam a nos respeitar e solidarizar além das aparências, virtudes, defeitos ou por conveniência. Foque em qualidade e não quantidade. 

Bem lá, no fundo, talvez desejamos como estilo shakespeariano, alguém que possa nos dizer sem medo que nos quer bem e que permanece leal, haja o que houver:

Você pode até ser temperamental, injusto, indiferente, viver estressado, radical, inflexível, distraído, inconsequente ou orgulhoso demais. Não me importo, permaneço em todas as estações ao teu lado, porque apesar da maré, acredito em você!
 ⊱✿◕‿◕✿⊰

Afinal,

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."(Fernando Pessoa).

Imagens: Reprodução Google.

sexta-feira, dezembro 29, 2017

Chicago Med e a reflexão sobre relações familiares




Dias destes, ao assistir um episódio da Série Chicago Med pelo Canal Universal, me deparei com um aprendizado e reflexão das mais oportunas, do quanto somos relutantes em ceder ou aceitar o outro, como ele é sem impor nossas vontades e regras e perdemos tempo em ser felizes.


Neste episódio, um dos assuntos é o pai de um dos médicos, o Dr. Will Halstead, e tem um problema grave de saúde, na válvula do coração e precisa urgente ser internado e operado, mas relutante e extremista, declina do diagnóstico do filho e o deprecia perante os colegas de profissão.

Ele acha que o filho não nasceu para estudar, mas para trabalhar e por isso negou ajuda financeira para ele cursar Medicina. Um homem rústico, doutrinado nos valores da sociedade patriarcal, em sua ignorância ou soberba ‘menospreza’ o talento do filho, já que o outro é Detetive, assim opta por um procedimento cirúrgico apenas.

No entanto, o problema se agrava, ao ponto de ter que acatar as pressas uma nova cirurgia urgente, pois poderá o levar a morte, se assim negar. 

Quando a cirurgia é realizada pelo colega do seu filho, e se torna um sucesso, o pai envergonhado se dá conta que o filho não é mais o garoto de 09 anos, que ele desdenhava e o chamava de ‘mijão e chorão’, mas um homem feito, realizado e respeitado, também no profissional.  Sem graça, e agora ciente dos equívocos cometidos, faz uma mea culpa, de que agira assim porque o rapaz o contrariou e foi fazer faculdade ( da qual ele se negou a pagar) em busca dos seus sonhos.  E, com isso, não percebe, seja por sua rigidez ou machismo, do quanto aquilo mexe com a autoestima do filho agora ( Ele não se sente bom o suficiente), até então.

Quando o pai, num momento de reflexão e recomposto dos seus enganos, repara o erro e declara abertamente: ‘Obrigado, garoto, Eu te amo’, em agradecimento ao filho, não só por salvar a sua vida mas por não ter desistido dele, apesar de ser tão intransigente.

O que um simples episódio, de uma série destas, pode ensinar a refletir?
Muita coisa, do quanto perdemos tempo, arraigados em conceitos e padrões morais estabelecidos, ocupados em impor nossa vontade apenas, seja por orgulho ou medo em ‘baixar a guarda’, sempre de dedo em riste, passamos a viver a vida, mais preocupados pelo que a sociedade dita, atrelados às regras e conservadorismo,  e muitas vezes, equivocados quanto ao que seja amor ou respeito às escolhas alheias,  e ocupamos nosso tempo para depreciar ou espezinhar,  nossos filhos, irmãos, parentes, amigos ou do nosso convívio social, sem exercitar o principal mandamento ‘Amar uns aos outros’, uma virtude automaticamente ligada ao altruísmo, aceitação do outro de forma incondicional, sem imposições e não pautada no egoísmo, em querer que as pessoas sejam e vivam de acordo com os nossos hábitos, crenças, desejos e costumes.  Perdemos muito tempo, em olhar para trás, e não em olhar para frente, e descobrir o que nos faz mais diferenciados e admirados por aqueles, que realmente nos e se importa. 

                                       

Com diálogo, humildade e aceitação, e não somos o dono das verdades e que elas são mutáveis, e a vida é um eterno movimento, ao invés de satisfazer o mundo e ou aquilo que nos cerceia, mas com pequenos gestos e atitudes, podemos mudar ‘quase’ tudo à nossa volta. Ao invés de ter razão sempre, escolha o que menos trará dor no futuro, ceder, aprender ou dialogar não é sinal de fraqueza e estupidez, mas de gente coerente com o movimento da vida, e percebe a tempo, o que é preciso para viver mais sereno no dia a dia. 

Claro, que é preciso ter a sorte de encontrar um ‘Will Halstead’ generoso pela frente, que apesar do modo torto ou atitudes erradas até então cometidas, emocionado aceita as desculpas pelos erros passados e assim obter a redenção final ”Eu também te amo”. Certa vez, li em algum lugar, “Amar alguém nunca é um engano. O erro consiste em não revelar esse amor. A vida é breve para omitir sentimentos”. 
Então, Feliz 2018 e que as escolhas feitas sejam sempre no Amor!.

quarta-feira, maio 03, 2017

VIDA DE INSETO E A REFLEXÃO SOBRE SISTEMA OPRESSOR




“A rebeldia, aos olhos de qualquer pessoa que tenha estudado um pouco de História, é a virtude original do ser humano” – Oscar Wilde. 

Vida de Inseto é daqueles filmes, feitos para criança no primeiro olhar, mas vai muito além, e pode até ser feito para elas com objetivo de fazê-las pensar desde cedo, mas é também para as ‘adultas’, sem dúvida. 

O desenho faz uma analogia entre as classes de opressores (gafanhotos) e das oprimidas (formigas). Os gafanhotos sobrevivem à custa do trabalho e os esforços das formigas que fornecem a eles, todos os anos, sua colheita em troca de preservação de suas vidas. 

No entanto, há entre a classe oprimida um rebelde  cheio de imaginação, através de suas ideias e invenções, amenizar o sofrimento dos seus e facilitar o trabalho penoso de sol a sol e não se conforma com o regime de servidão que lhes são impostos, mas devido a ser sonhador, não é levado a sério, exceto a filha da Rainha, que vê em seu a amigo, um libertador, mesmo que seus inventos sempre provocam confusões ou danos sem querer, e todos os demais são castigados por sua ousadia.


Então, Flick, o perdedor, como ele é visto, parte para uma jornada em busca de aliados guerreiros, 
onde a comunidade aprova, não por achar que será uma ótima ideia, mas para livrar de 
confusões maiores, com ele perto deles. Ao chegar à cidade, conhece uma trupe de teatro que 
foram despedidos e vê neles a oportunidade de juntar e somar forças, de uma forma ou de outra, 
embora sejam diferentes, eles têm algo em comum, também são explorados pelo dono da 
Cia de teatro. E partem juntos para sua morada, cada um equivocado com o papel que irão fazer
 na colônia, mas poderão se surpreender com as novas experiências.












Por sua vez, o líder dos gafanhotos tem pleno conhecimento de que não precisa 
do alimento da colônia para manter seu reinado, mas ao deixá-los livres do jugo,
 perderá o controle sobre eles, que são em maior número, e se vir a descobrir essa
 vantagem, como ele diz  “ideias são coisas muitos perigosas”, e eles foram colocados no mundo 
para nos servir. 


Porém, Flick é um visionário e não desiste facilmente dos seus ideais e ideias mirabolantes.
 Através de seus amigos, assim como ele, considerados os loucos da sociedade, juntos, somam 
forças para enfrentar o tirano, e na batalha o desmascara, ao abrir enfim, os olhos vedados 
de toda a colônia, acostumados à servidão, a lida dura, não haviam percebido que os 
opressores eram em menor número. 

“Somos mais fortes, são vocês que precisam de nós para ter comida. Então quem é o fraco daqui”?. 
E começa a revolução. 

O filme traz uma importante reflexão sobre a luta de classes, uma sempre usa do medo e 
da força para ter controle e jugo sobre a outra, aqueles que se acovardam, se tornam fantoches 
nas mãos, e logo doutrinados para servidão, um débito que nunca tem fim. 
Mas, quando organizadas e determinadas podem se libertar do que 
é injusto e abusivo. 
Como diz o sábio Raul Seixas:
A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas”. 
Imagens retiradas do google internet.  

sábado, fevereiro 11, 2017

INTELIGÊNCIA ESTÁ NA CAPACIDADE DE PENSAR EFICIENTE




"A inteligência não é uma nota de um teste de QI, mas sim a capacidade de descobrir o que quer da vida", garante o psicólogo Robert Sternberg e se assemelha ao do sociólogo suíço Philippe Perrenoud quando discorreu sobre o tema " Saber mais é ter relações de força". 

Que se assemelha com outro gêncio da ciência: "Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança." (Stephen Hawking). 


Imagem: Shutterstock

O que o psicólogo Robert Sternberg e o sociólogo Philippe Perrenoud possui em comum?.  

A meu ver, a forma como devemos ser elemento transformador na sociedade, a começar pela mudança no sistema educacional. 
Os dois debatem sobre o mesmo tema.  

Segundo Perrenoud "Sabemos transformar decímetro em centímetro, mas o que sabemos sobre autoestima, agressividade, angústia?"

O que vamos usar mais? Como uma coisa tão presente na vida está ausente na escola que pretende preparar para a vida?”, Philippe Perrenou questiona.

 Ele não afirma, que esta é a solução dos problemas para amenizar conflitos e as relações interpessoais, mas um dos caminhos para chegarmos ao um consenso. Mesmo porque é provado que existem 
várias espécies de inteligências.

Segundo o cientista norte-americano, o psicólogo Howard Gardner,  detectou 7 tipos mais comuns entre nós. Mas, sem dúvida, nota-se que ser inteligente, está correlacionado com a capacidade de entendimento do que está em nossa volta. 

Inteligência e cultura são duas coisas distintas: Na Cultura, aprendemos o que já foi dito e assimilado por outras pessoas, a inteligência transforma o aprendizado em outro entendimento à partir de uma nova opinião formalizada por nós mesmos. 

Mas, não há exagero em afirmar que o saber é relação de força. 
À partir do momento que tomamos conhecimento sobre vários estudos, passamos a entender melhor o comportamento das pessoas e da sociedade, no geral. 

A seguir o texto do psicólogo. Eu resumiria, nas palavras Socratianas: "Quanto mais eu penso que sei, menos eu sei, eu só sei que nada sei.".

 Leia e reflete:

Você já percebeu que foi insensível com alguém ou deixou que os sentimentos influenciem as decisões e julgamentos? 

Há psicólogos como Robert Sternberg da Universidade Cornell nos Estados Unidos, que defende um novo modelo educacional e ensine as pessoas a pensar de maneira mais eficiente.

“Vemos pessoas que tiram ótimas notas na escola, mas que são péssimas como líderes. Ao mesmo tempo em que há técnicos muito bons sem qualquer tipo de ética". 

"A inteligência não é uma nota de um teste de QI, mas sim a capacidade de descobrir o que quer da vida e encontrar maneiras de chegar lá", afirma Sternberg, citado pela BBC. 

Por isso, vale a pena seguir algumas dicas:

1) Reconheça seus pontos fracos. Acha-se mais inteligente do que a média? Isso é o que os cientistas chamam de ‘superioridade ilusória’ e explicam que é particularmente frequente entre as pessoas menos capazes. 
Tem tendência para negar os seus defeitos? Este tipo de propensão influencia as ideias e a forma de viver. Mas, os psicólogos defendem que é possível se treinar para identificar estas tendências e acabar com elas.

2. Calce as 'sandálias da humildade' . Nenhum homem deveria ter vergonha de admitir que errou, até porque isso faz dele uma pessoa mais sábia, defendia o poeta Alexander Pope. 
Hoje, ser uma pessoa ‘mente aberta’, que lida melhor com as incertezas, é fundamental. 
Esta humildade intelectual torna-o mais capaz de questionar os limites do seu conhecimento e dá uma maior capacidade de se colocar ‘na pele dos outros‘.

3. Discuta com você mesmo. Evite as tendências negativas. Tente olhar para uma questão de vários ângulos e discuta as suas convicções.


Fonte: noticiasaominuto

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

GENTILEZA OU RUDEZA – A ESCOLHA É NOSSA

“Até que ponto você vai na vida depende de você ser gentil como jovem, compassivo com o idoso, misericordioso com o esforçado e tolerante com o fraco e o forte. Porque algum dia na vida você terá sido todos eles.” - George Washington Carver - botânico, inventor, cientista e agrônomo norte-americano.


Imagem: Giusseppe Domínguez poeta.

Reza a lenda que pessoas machucadas ferem outras, há fundamento, porque por trás de uma pessoa raivosa ou arrogante, há alguém que quer externar ao mundo suas dores, angústias, frustrações e amarguras passadas. Mas não podemos transferir aos outros, todas as nossas tristezas e desapontamentos, mazelas como uma metralhadora giratória. Só vamos acumular mais dores e desconcertos. Muitas vezes ferir também as pessoas erradas. 

No filme ParaNorman – há uma frase assim: “Passou tanto tempo lembrando-se das pessoas más, que se esqueceu de lembrar-se das boas”. 


 
É verdade, focamos tanto nas experiências ou pessoas que nos feriram, sabotaram e  foram indiferentes que não lembramos mais que nos alegraram, deram oportunidades e fizeram a diferença em nossa vida, em algum momento. Devemos ser mais gentis conosco, porque só assim seremos mais assertivos com os outros. 

Os outros também têm o direito de
suas escolhas de não compartilhar de nossos sonhos, sentimentos ou ideais, o que não quer dizer, que por isso somos menos respeitados, mas talvez as afinidades, propósitos não sejam compatíveis com os nossos. Nem sempre tomamos o caminho certo e escolhemos as pessoas certas que nos faz felizes, mas certamente naquela ou em outra ocasião era a escolha mais correta. 

 
A internet tem sido palco dessas ações, pessoas sempre com uma pedra na mão, julgando, criticando, condenando, desdenhando das outras e quando não atingem o objetivo, se fazem de vítimas da situação. Não expõe suas opiniões, mas provocações.

Não podemos fazer dos outros o depósito para despejar nosso 
lixo emocional. Porque certamente elas também em algum momento tiveram ou têm experiências parecidas como as nossas, no entanto, buscam umcomportamento mais assertivo e menos antissocial. Se assim não fosse, só restariam dois lugares para nós: a prisão ou o hospício. Para isto, que existem as regras sociais, a tal da polidez. 
 
Schopenhauer dizia que “Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa”. 



















As más experiências ou frustrações que vivenciamos não farão as nossas atitudes e vida melhores agora, ou apagar de  dentro de nós as cicatrizes, marcas ou perdas com as relações destrutivas ou voláteis. Podemos optar por alimentar essas mágoas e ressentimentos ou continuar vivendo e crescendo com as experiências.


O que fazer então?. 
 
Criar um novo padrão mental. Ocupar o nosso tempo para adquirir sabedoria, superação, cobrar ou nos culpar menos, perdoar-nos mais. Buscar por atitudes mais positivas, investindo pesado em nós, a começar pelo autorrespeito. 

"Só quem se respeita, consegue ter respeito
pelos outros". 
 
Ao invés de ocupar nosso tempo em maldizer, proferir palavras ferinas, provocar atritos, fazer fofocas, intrigas e se alimentar de energia negativa, vamos buscar entendimento, ler, estudar, buscar ajuda e autocura com profissioais especializados, pesquisar mais. 

Descobrir nossas reais habilidades, metas e sonhos.

 
Pode ser que o outro não nos amou como queríamos, mas nos amou de algum modo. Pode ser que aquele patrão ou chefe, não nos deu o devido valor, mas quem sabe não era o lugar que deveríamos estar, pode ser que aquele amigo nos magoou, mas nós também o machucamos até inconscientemente, algumas vezes. Pode ser que aquela vizinha chata, birrenta, altiva seja apenas um disfarce de sua inabilidade de lidar com os outros.Enfim...
 
O inferno nem sempre foram os outros.
 
 Às vezes lutamos, sabotamos, sofremos porque nunca nos perguntamos, se todas aquelas coisas de fato pertenciam a nós. São inúmeras as possibilidades para desbravar, alcançar a autorrealização, sem precisar se ferir sempre. 
 
Subam a montanha com Friedrich Nietzsche Aquilo que não me mata, só me fortalece” e desçam mais leves com a certeza de que se agirmos com retidão, compaixão, justiça, bondade, empatia e amor não seremos nós, os amargurados e raivosos mais. E nos libertamos das amarras do passado, das experiências mal-vividas, dos enganos e até das mágoas. Aquele fato, pessoa ou coisa não mais comanda nossas emoções!

 
 
A vida é muito breve e fugaz para agir e passar por ela como seres medíocres e mesquinhos que só provocam dores, sofrimentos, discórdias e constrangimentos aos outros, os malvadinhos, segundo a percepção zen budista. 
 
Em certas horas, sabemos que  não vamos suportar ser “gentis” 
com tanta parvoíce e falta de bom senso de alguns, mas
 deixa que eu lhe diga, humanos têm rompantes, é isso que
nos diferencia de outros seres, sentimentos. 

Mas voltamos para o trilho de novo, o caminho da gentileza, sim, nem sempre 'gentileza gera gentileza' como dizia profeta Gentileza, há aquelas cascas grossas, cheios de arrogância e quer que o mundo gire em torno de seu umbigo. 
 
O problema é deles, nós nos esforçaremos cada vez mais
para agregar educação, polidez e civilidade. 

Afinal, não é isso que nos diferencia dos selvagens? 
 
Deixa a raiva para quem tem e não se curou de suas mazelas passadas, um adulto em evolução ele sabe que  precisa enfrentar as crises existencias para seguir em frente, crescer e amadurecer, e que a vida não é para gente birrenta, mas disposta a aprender, dialogar, refletir e faz aos outros o que faria a si mesma. 
 
Nem por isso, vamos ser pinico para ninguém e permitir que seus dejetos sejam despejados em nós, se uma pessoa mal-educada, grosseira e vulgar nos desrespeita, é nosso dever que elas saiam de nossa presença, desconfortáveis, mas nunca ao contrário.

E, no fim, descobriremos que não 
existem finais, apenas recomeços, 
de outras maneiras.

sábado, setembro 12, 2015

Cultura da vaidade como amor-próprio




"Da série 
7 prazeres capitais – pecados e virtudes hoje” .
A vaidade parece estar cada vez mais em alta nesta sociedade, onde o individualismo e o “empreendedorismo” passaram a serem metas, valores, fortemente estimulados.  Aquele que já foi visto como o maior e o primeiro dos pecados capitais por seus atributos maléficos – o orgulho – hoje virou  virtude. Disfarçada e rebatizada de autoestima, a vaidade é agora “amor-próprio”.

Uma vida vivida para os outros.
Eu sei que, se o homem pudesse escolher a nossa vida, todos escolheriam, mandar e reger, ninguém escolheria sofrer e padecer, mas as pessoas não se dão conta,  que mandar e reger é representar, e padecer é viver". (Calderón de La Barca).
“O grande problema do mundo é a comparação”. – Montaigne. 
O consolo é que sempre há alguém mais feio do que eu, mais burro, mais pobre e mais infeliz. O nosso desgosto é que sempre há alguém acima, mais bonito, mais inteligente, e que aparentemente é mais feliz. A vaidade nos joga para compararmos com os debaixo, e a inveja, nos joga para comparar quem está acima. Nós estamos educando pessoas, com pouco limite para entender a sua vaidade e o espaço do outro. Geralmente os mais velhos dizem a mesma coisa sempre, em todas as épocas, no meu tempo era melhor. Isso é bobagem. As gerações anteriores viveram a 2 guerras, praticaram genocídios contra indígenas, negros, judeus – não é passado de glória.Valorizar uma personalidade, onde toda qualquer iniciativa deve ser incentivada, tudo é criativo e bom. Como se todo e qualquer conhecimento fosse positivo.

A grande questão é que instituímos uma vaidade como virtude, não mais como pecado capital, a humildade não pega bem.  A crença na vaidade como uma nova virtude, é uma questão que nos faz pensar bastante no futuro.

É cada vez mais difícil atribuir notas baixas a alunos;
É cada vez mais difícil punir alguém por alguma coisa;. É cada vez mais difícil estabelecer regras, porque imediatamente, a vaidade produz a Hermenêutica da regra (interpretação). E estimulada hoje no mundo capitalista atual, como a necessidade de ser único, especial, forte, onipresente. A nossa vaidade não permite mais a falha, a tristeza, não permite mais que eu falhe mais sexualmente, porque há auxílios químicos para isso. Não permite mais que eu fique triste, porque já temos auxílios químicos para isso. Não permite mais simplesmente viver a dor e o fracasso, aquela que antigamente, era dito que fortalecia o caráter, estimulava o crescimento, nos levava pra cima, que fazia, a cada queda aprender mais, hoje devo subir sem quedas. O mundo está acabando a todo instante, e essa individuação nossa, aumenta com essa sensação, fim de mundo, e essa sensação absoluta, que nossa vaidade há muito tempo, deixou de ser um defeito, e passou a ser uma virtude sólida. Talvez a virtude, mais esperada de todas. É função dos pais, estimularem o novo nome que é a autoestima, é função dos pais, eliminarem a depressão, a dor e o choro. Nós não podemos mais conviver com essas coisas, que animaram a humanidade em tempos passados.
Nós não consertamos mais coisas, nós não consertamos mais relações humanas, nós trocamos. E, ao trocar sapatos, computadores e pessoas que amamos, por outras pessoas, vamos substituindo, a dor do desgaste pela vaidade da novidade. Ao trocar alguém creio imediatamente, que eu me torno alguém mais interessante, e não percebo que aquele espelho continua sendo, o drama da minha vaidade, o que eu não tolero na pessoa anterior, é que ela me mostrou, o quanto estou decaindo, envelhecendo, e como eu sou desinteressante. E na nova pessoa, eu exploro o quanto eu quero ser interessante, instigante e assim por diante. É fascinante que o nosso mundo hoje, tenha eliminado a humildade como virtude. É fascinante, por exemplo, que nós aceitemos todo e qualquer elogio, porque dentro de nós há, segundo os místicos medievais, um demônio esperando isso: O demônio da soberba, da vaidade. Aquele que acredita, o que não pode ser acreditado. Como Lúcifer um dia, acreditou que podia ser igual a Deus. Repetimos o pecado de Lúcifer. E brigamos permanentemente, por esse ego insaciável, porque eu prefiro ser perseguido, que ser ignorado, que pegue no meu pé, eu prefiro parecer à vítima da sala, que parecer o Gasparzinho da sala, eu prefiro tudo, menos não ser visto, porque viver hoje é ser visto. Se eu não fotografar o que como, Se eu não falar onde eu fui, Se eu não tirar fotos, Se eu não fizer tudo isso, Eu não fui, e “ver é viver” e, ser visto é ter certeza que eu vivi.
 
A todo instante, a minha vaidade é testada, e como eu não gosto de dizer que não sou vaidoso, eu a disfarço através do recurso da humildade. Porque todo o espelho diz sempre pra bruxa a mesma coisa: Haverá alguém mais bonito do que eu¿ Sempre responderá para pessoa que pode quebrá-lo. -Não... “você é a mais bonita”. Temos que nos conformar que a vaidade, seja uma instituição, temos que aprender a lidar com ela, para não ficar com falsas humildades, temos que aprender que sempre haverá alguém mais hábil, sempre alguém melhor, sempre alguém acima. E a única maneira de eu não ser vaidoso, é pensar só em mim, eu parar de me comparar com os outros, ou seja, eu devo apenas pensar em mim. E essa dialética encerra toda e qualquer vaidade. Não tem jeito eu estou isolado. Nos momentos que o meu eu, é reconhecido e dialogo com os outros, chamamos isso de Encontro, Amizade, Casamento.

Sobre o autor: Leandro Karnal é professor, historiador, graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e doutor pela Universidade de São Paulo.


Para Assistir na íntegra click no link direto na Font
e: cpflcultura

domingo, agosto 16, 2015

DIA DO FILÓSOFO E FILOSOFAR É PRECISO



O Dia do Filósofo é comemorado anualmente em 16 de Agosto, no Brasil. Já o Dia Mundial da Filosofia foi criado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, e é comemorado anualmente na terceira quinta-feira de Novembro.


Eu não posso ensinar nada a ninguém, euposso fazê-lo pensar
                                                                                                                    Sócrates -400ac.

Seja qual data for não pode passar em branco. Filosofar é preciso. Dedicado  a reflexões e questionamentos sobre a sociedade, política, ética, religião, estética e os mais diversos temas relacionados à vida, no mínimo impactantes.

"O bom cientista não é aquele que oferece respostas boas, mas aquele que faz boas perguntas, e se permite mergulhar nas pesquisas em busca de elementos que ampliem sua compreensão. O bom cientista é aquele que coloca o saber da ciência e da vida em movimento, renovando-o constantemente" . Assim aplico também a filosofia, é sair do senso comum e partir para um processo investigatório, em questionar, indagar, argumentar, duvidar e discorrer, com fundamento e embasamento, não mais à partir de um pensamento simplista, e de senso comum. Assim, ousaram os grandes pensadores, inconformados, curiosos, e desconfortáveis diante de certezas limitadas ou absolutas.
pois "Eu duvido, logo penso, logo existo". Descartes.
Nietzsche, Rousseau, Maquiavel, Sartre, Sócrates, Proudhon, Voltaire, Locke, Aristóteles, Freud, Habermas, Descartes, e tantos outros sábios pensadores, minha eterna gratidão por terem ido mais avante e revolucionado ideias, pessoas,  fatos, e toda uma sociedade ao seu tempo.